5.9.12

Simbologia: Alfa e Ómega

Encontrar letras soltas e acrónimos nos cemitérios é bastante comum. 
Desde o tradicional PNAV - que significa "Padre Nosso Ave Maria" e que pretende ser um pedido, a quem passa pela lápide, para rezar um Padre Nosso e uma Ave Maria pela alma do defunto - até ao INRI - do latim Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum ou seja "Jesus de Nazaré Rei dos Judeus" - e passando claro, pelas letras gregas Α (alfa) e Ω (ómega).

O mais óbvio, válido para qualquer contexto, é o facto destes símbolos representarem a primeira e última letras do alfabeto grego e por isso serem continuamente associadas ao princípio (alfa) e ao fim (ómega). Qual o princípio e qual o fim já depende, efectivamente, do contexto em que eles são usados.

Uma das mais famosas utilizações é, sem dúvida no Apocalipse, ou Livro das Revelações (21:6), quando Jesus se senta no trono e exclama:
«Está feito! Eu sou o Alfa e o Ómega, o principio e o fim.»
Há também uma associação comum do Alfa à Luz e do Ómega às Trevas, mas num contexto cemiterial, as letras gregas são usadas muitas vezes junto das datas de nascimento e morte: Α (alfa) para o início da vida, o nascimento e Ω (ómega) para a morte, representando o fim da vida.

É ainda, relativamente, comum ver as duas letras sobrepostas ou entrelaçadas e em alguns casos é ainda acrescentada a letra Μ (mu), a décima segunda letra do alfabeto grego que, estando a meio deste, é por vezes usada para para representar continuidade: aquilo que está entre o Α (alfa) e Ω (ómega) ou seja, neste nosso contexto, a vida.

2 comentários:

  1. Excelente blog! Parabéns!
    Boa e credível informação,bibliografia especializada, imagens esclarecedoras.
    Faremos a ligação ao nosso blogue.
    Obrigado

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  2. Obrigada pela boas palavras.
    É bom saber que o que fazemos chega às pessoas interessadas por estes assuntos. :)

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