Por esse motivo, todas as ocupações e necessidades que lhe estavam associadas ganharam também espaço e importância.
Existia toda a uma cultura em volta do luto, criando objectos personalizados para os períodos que se seguiam à morte de um ente querido e que ia desde os vestidos de senhora, negros e carregados de crepe, até às jóias de prata e ónix ou âmbar-negro - por vezes contendo madeixas de cabelo do falecido -, cartões de visita, material para as cartas e outras comunicações, etc.
Nos jornais da época encontravam-se inúmeros anúncios a armazéns especializados em Luto (os famosos "Mourning Warehouses") e a serviços funerários e aluguer de carretas.
Considerando todas estas questões, o cangalheiro era uma figura reputada e responsável por um dos momentos mais importantes nas famílias, e consequente vida social, dos vitorianos.
Com The Victorian Undertaker, de Trevor May, a colecção Shire Books traz-nos, mais uma vez, um pequeno volume muito bem conseguido, curto, sucinto, mas com algumas ilustrações e percorrendo as ideias principais que pode ser mais um bom livro de iniciação a esta temática e preparação para leitura de obras mais completas, como The Victorian Celebration of Death de James Stevens Curl.
Dividido em seis capítulos, onde se aborda a tipologia de funerais com tudo o que lhe está associado, as carretas funerárias, a joalharia, cartões, postais, publicidade e também os funerais de estado; esta obra de rápida leitura - e preço acessível! - é essencial para os tafófilos principiantes.
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