A tribo malagaxe Merina, que ocupa a zona central da ilha de Madagáscar, habita em simples cabanas de palha e folhas de palmeira, mas os seus mortos são depositados em elaboradas tumbas de pedra, normalmente escavadas nas faces das montanhas.
Os cadáveres são conservados em nichos, envoltos em mortalhas brancas; por vezes, ao lado dos corpos amortalhados, os familiares deixam pequenos rádios de pilhas, que ligam antes de selar os túmulos.
Os cadáveres são conservados em nichos, envoltos em mortalhas brancas; por vezes, ao lado dos corpos amortalhados, os familiares deixam pequenos rádios de pilhas, que ligam antes de selar os túmulos.
Alguns anos depois (entre sete a dez), celebra-se a Famadihana: celebração colectiva em que os descendentes dos falecidos reabrem as criptas e remortalham os restos mortais dos antepassados, muitas vezes combinando mais do que um conjunto de ossadas numa só mortalha.
Algumas fontes apontam a origem deste costume do "virar dos ossos", no
século XVII, com raiz nos duplos enterramentos do sudeste asiático.
É feita uma enorme festa, celebrando o morto, procurando garantir assim a sua bênção para os anos vindouros. Durante a festa é bebida toaka gasy, uma bebida alcoólica feita em casa.
É feita uma enorme festa, celebrando o morto, procurando garantir assim a sua bênção para os anos vindouros. Durante a festa é bebida toaka gasy, uma bebida alcoólica feita em casa.
Por vezes as ossadas são levadas até às cabanas que habitaram em vida, antes de voltarem a ser depositados dentro dos túmulos, onde ficam durante mais alguns anos, até voltarem a ser retirados para serem remortalhados e misturados com ossadas de outros familiares.
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