A sudoeste da cidade do Cairo estende-se uma enorme necrópole com mais de seis quilómetros de largura, constituída por uma malha apertada de mausoléus e túmulos islâmicos, conhecida por el'arafa ou seja "o cemitério".
Fundado no século VII, quando um dos comandantes árabes responsáveis pela conquista do Egipto o criou para a sua família, este foi, desde sempre, um cemitério habitado.
Inicialmente, os habitantes eram os responsáveis pelos enterramentos e pela manutenção das campas dos nobres e os sufi (místicos islâmicos).
Actualmente, vivem nesta extensa necrópole cerca de um milhão de pessoas. Alguns, dizem ter escolhido o local pela proximidade dos seus familiares falecidos, mas o devastador terramoto de 1992, as demolições na cidade do Cairo e especialmente a enorme vaga de migrantes que chega à cidade em busca de trabalho, sem ter onde ficar são os grandes responsáveis pela transformação desta cidade dos mortos numa cidade de vivos.
Entre os mausoléus encontram-se carros e móveis, televisões ligadas, tachos fumegantes e crianças brincando entre as pedras tumulares; há cafés, mercearias, oficinas de automóveis e, todas as sextas-feiras, um enorme mercado.
Inúmeras procissões fúnebres percorrem as ruas apertadas, todos os dias.
Fundado no século VII, quando um dos comandantes árabes responsáveis pela conquista do Egipto o criou para a sua família, este foi, desde sempre, um cemitério habitado.
Inicialmente, os habitantes eram os responsáveis pelos enterramentos e pela manutenção das campas dos nobres e os sufi (místicos islâmicos).
Actualmente, vivem nesta extensa necrópole cerca de um milhão de pessoas. Alguns, dizem ter escolhido o local pela proximidade dos seus familiares falecidos, mas o devastador terramoto de 1992, as demolições na cidade do Cairo e especialmente a enorme vaga de migrantes que chega à cidade em busca de trabalho, sem ter onde ficar são os grandes responsáveis pela transformação desta cidade dos mortos numa cidade de vivos.
Entre os mausoléus encontram-se carros e móveis, televisões ligadas, tachos fumegantes e crianças brincando entre as pedras tumulares; há cafés, mercearias, oficinas de automóveis e, todas as sextas-feiras, um enorme mercado.
Inúmeras procissões fúnebres percorrem as ruas apertadas, todos os dias.
Numa coprodução de Portugal, Espanha e Egipto, Sérgio Tréfaut filmou um interessante documentário sobre o dia-a-dia destes vivos em terra de mortos, tendo mesmo ganho o Grande Prémio da Documenta em Madrid (2010).
Por cá, o documentário passou no IndieLisboa em Abril de 2010 e deverá estrear nas salas de cinema de Lisboa e Porto em Abril deste ano.
Por cá, o documentário passou no IndieLisboa em Abril de 2010 e deverá estrear nas salas de cinema de Lisboa e Porto em Abril deste ano.
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